Nenhuma dicotomia parece mais inadequada ou descabida do que a se refere ao par disciplina/competência. (Machado, 2002, p. 139)
Desde que o foco se voltou ao desenvolvimento de competências pessoais, vem sendo disseminado um mal entendido: o de que disciplinas e competências disputam os mesmos espaços e tempos escolares, contrapondo-se de forma radical. É como se uma organização visando às competências pessoais significasse um abandono da ideia de disciplina e, simetricamente, uma valorização do conhecimento científico disciplinar teria como contrapartida o menosprezo da noção de competência.
Lembre-se:
Organização escolar é e continuará a ser marcadamente disciplinar.
Professores são e continuarão a ser professores de disciplinas.
Ao assumir que a organização escolar deve ser voltada também ao desenvolvimento de competências, é necessária uma reorganização do trabalho escolar que:
- · Reconfigure seus espaços e tempos;
- · Revitalize os significados:
P dos currículos como mapas do conhecimento que se busca;
P da formação pessoal como a constituição de um amplo espectro de competências;
P do papel dos professores em um cenário em que a idéias de conhecimento e de valor encontram-se definitivamente imbricadas.
Para refletir:
· O que é e como é possível reconfigurar os espaços e tempos escolares?
· Como revitalizar esses significados apontados acima?
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